Hoje foi Dia da Mãe na escola da minha filha. Teatro, declamação de poemas em inglês, presente, lanche com bolos feitos por ela. Tudo a que as mães têm direito. Uma lindeza.
Ela anda há semanas numa excitação, entre o querer muito contar-me o que iria fazer e a obrigação de guardar segredo. Aos poucos, lá me foi desvendando quase tudo o que tinha planeado para me surpreender. Assim como faz questão de contar tudo o que se passa na escola, desde o que comeu ao que as amigas disseram.
Dizem-me que é aproveitar agora, que, depois, eles deixam de querer contar tudo, deixam de querer responder a perguntas, deixam até de querer falar com os pais.
Lembro-me que também eu fui deixando de falar com a minha mãe. Primeiro, porque as amigas eram mais importantes. Depois, porque queria poupá-la às minhas preocupações e problemas. Agora, noto que, cada vez mais, tenho vontade de partilhar tudo o que se passa comigo com a minha mãe. Chego ao final do dia e, tal como a Catarina me faz, despejo o que me vai na alma e mal a deixo falar. E ela ouve-me, com toda a atenção e amor do mundo. E é tão bom. É o verdadeiro círculo da vida.
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