quinta-feira, 3 de maio de 2012

Filha és, mãe serás


Hoje foi Dia da Mãe na escola da minha filha. Teatro, declamação de poemas em inglês, presente, lanche com bolos feitos por ela. Tudo a que as mães têm direito. Uma lindeza.

Ela anda há semanas numa excitação, entre o querer muito contar-me o que iria fazer e a obrigação de guardar segredo. Aos poucos, lá me foi desvendando quase tudo o que tinha planeado para me surpreender. Assim como faz questão de contar tudo o que se passa na escola, desde o que comeu ao que as amigas disseram.

Dizem-me que é aproveitar agora, que, depois, eles deixam de querer contar tudo, deixam de querer responder a perguntas, deixam até de querer falar com os pais.

Lembro-me que também eu fui deixando de falar com a minha mãe. Primeiro, porque as amigas eram mais importantes. Depois, porque queria poupá-la às minhas preocupações e problemas. Agora, noto que, cada vez mais, tenho vontade de partilhar tudo o que se passa comigo com a minha mãe. Chego ao final do dia e, tal como a Catarina me faz, despejo o que me vai na alma e mal a deixo falar. E ela ouve-me, com toda a atenção e amor do mundo. E é tão bom. É o verdadeiro círculo da vida.

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